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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011


PAZ - Forças dos EUA encerram missão

Os militares norte-americanos oficializaram ontem o fim da ocupação no Iraque após cerca de nove anos

 As tropas dos Estados Unidos fecharam ontem seu quartel-general no Iraque e recolheram a bandeira americana hasteada no local há nove anos, marcando simbolicamente o fim de sua presença no país, que invadiram para derrubar Saddam Hussein e criar um "novo Oriente Médio".
"É um acontecimento histórico, já que há oito anos, oito meses e 26 dias, como comandante-adjunto, dei a ordem para que as tropas da terceira divisão cruzassem a fronteira", afirmou o general Lloyd Austin, que comanda as forças americanas neste país e que acaba de ser nomeado chefe do Estado-Maior adjunto.
O militar recolheu solenemente a bandeira das forças americanas no Iraque, a poucos dias da partida dos últimos soldados americanos.
A cerimônia foi realizada no aeroporto, emblemático por ser o primeiro local ocupado pelo exército americano em sua marcha para Bagdá, a capital iraquiana, em março de 2003.
A invasão do Iraque pelos Estados Unidos, sem a aprovação das Nações Unidas, deveria culminar na queda de Saddam Hussein, 24 anos após sua chegada ao poder.
Embora os oradores, em particular o secretário de Defesa Leon Panetta, tenham homenageado a valentia dos soldados, também expressaram a esperança de que as forças iraquianas, cerca de 900 mil homens, possam enfrentar os perigos que ainda ameaçam o país.
A cerimônia marcou o fim de um episódio histórico, agitado e sangrento durante o qual os EUA acreditaram que, eliminando o ditador Saddam Hussein, ganhariam automaticamente a confiança dos iraquianos.
Mas este roteiro fracassou rapidamente devido aos seus erros - em particular o desmantelamento do exército e dos serviços secretos ou a limpeza implacável dos ex-membros do Baath, o ex-partido no poder.
Desta maneira, deixaram o campo livre para uma revolta muito violenta e não conseguiram impedir uma sangrenta guerra sectária entre xiitas e sunitas.
Os americanos reconstruíram a partir do zero o exército, a polícia e as instituições, ao mesmo tempo em que reativaram a frágil economia favorecendo o consumo graças às importações sem direitos alfandegários de automóveis e eletrodomésticos, apesar de serviços básicos como eletricidade e água potável continuarem sendo aleatórios.
O presidente Barack Obama, saudou "um triunfo extraordinário, que levou nove anos", e destacou "o duro trabalho e sacrifício" que foram necessários.
"Conhecemos bem o preço elevado desta guerra. Mais de um milhão e meio de americanos serviram no Iraque. Mais de 30 mil deles foram feridos, e estes são apenas os feridos com ferimentos visíveis".

DN

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