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terça-feira, 27 de dezembro de 2011


DEU NO CAMOCIM ONLINE - SEM NUNCA TER DADO AULA, PADRE ESTAVA NA FOLHA COMO PROFESSOR CONTRATADO PELA PREFEITURA DE CAMOCIM

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MANTÉM SILÊNCIO 
RELIGIOSO DEVOLVE ABONO, E ALEGA QUE PRESTOU
 SERVIÇO, MAS NÃO COMO PROFESSOR
O nome José de Anchieta Aguiar Vasconcelos vinha passando despercebido na Folha de Pagamento da Prefeitura de Camocim, na condição de Professor Contratado de 100 horas. Isso vinha ocorrendo desde junho de 2011. Acontece que perto do final de outubro, o blog recebeu a informação dando conta que o nome em questão era de um dos padres de Camocim. “Ter um padre como Professor pode até ser considerado um privilégio para estudantes do município, partindo do princípio que a formação de um padre é considerada uma das mais rígidas e pautada em estudos profundos de várias disciplinas, o que seria de grande proveito para alunos da rede pública”.  
É aí onde entra o "seria". Do ponto de vista legal, nada impede tal contratação. Ocorre que essa da qual estamos falando, não foi legal, mas sim, imoral. O padre, contratado como professor, nunca deu 100 horas de aula durante todo esse tempo e não está lotado em nenhuma escola do município. Em entrevista concedida ao blog, o religioso disse que não desconhecia tal contrato, mas que havia assinado o mesmo, achando que seria como uma espécie de prestação de serviços, já que havia sido procurado, ainda em Janeiro, por um emissário da Prefeitura, querendo saber se ele estava interessado em realizar algum tipo de trabalho na educação. O trabalho, segundo José de Anchieta, seria ministrar palestras, apresentar projetos e formação ao corpo docente e discente. Na ocasião, segundo o religioso, ele não aceitou tal vínculo, colocando-se à disposição da Prefeitura, mais precisamente da Primeira Dama, Euvaldete Ferro, para realizar as palestras de forma voluntária. 
Foi aí que veio a inesperada resposta da Primeira dama, ao afirmar que não daria certo dessa forma porque eles não trabalhavam com serviços voluntários. Teria que ser através de contrato remunerado. Diante dessa resposta, foi feito o tal contrato pelo então Secretário de Educação da época, Professor Augusto Júnior, onde colocou o Padre Anchieta, não como prestador de serviço, mas como Professor Contratado, na folha dos 60% do Fundeb. Ao ser perguntado se a Primeira Dama ou a Secretaria de Educação, iria enviar alguma nota se responsabilizando por esse imbróglio, José de Anchieta disse que nenhum dos dois acha que teve nenhum tipo de responsabilidade pelo fato. Curioso é que o Secretário de Educação atual, Fábio Sipaúba, após o blog especular via facebook que havia um padre contratado como professor sem estar em sala de aula, além do fato ter sido descoberto pelo Conselho Municipal do Fundeb, soube ligar para o padre, pedindo que ele passasse a dar expediente na Secretaria de Educação, algo que não foi aceito.  
Nesse momento foi quando o padre, segundo suas próprias palavras, descobriu que estava na folha não como prestador de serviço, e sim como professor. Ainda segundo o Padre Anchieta, suas palestras foram proferidas dentro do que ficou estabelecido entre as partes. O projeto piloto foi trabalhado sobre o tema do meio ambiente, tema da última Campanha da Fraternidade em culminância com a II Conferencia do Meio Ambiente nas seguintes escolas: Alba Maria; General Campos; Francisco Otonni Coelho; Natália; Eduardo Normandia; Dep. Murilo Aguiar, Libório e Idelzuite. Tendo ele dito, diretamente ao Secretário de Educação, que havia encerrado seu trabalho, ainda em setembro, quando pediu que seu contrato fosse rescindido. Ocorre que nem isso o Secretário de Educação fez. Por conta disso, durante a entrevista, Padre Anchieta repassou ao blog, uma xerox autenticada, onde consta a devolução do abono (outubro e dezembro) ao Fundeb.  A xerox está AQUI e tem o valor de R$ 2.400,00.
Após tudo isso, fica no ar uma pergunta que não calará tão cedo: qual o interesse tenaz, pertinaz e lutador da Primeira Dama, em "empregar" o Padre, negando, inclusive, mesmo diante de um município pobre como Camocim, receber seus serviços de forma voluntária? Com a palavra, a Primeira Dama e o Secretário de Educação. 



DO BLOG - não vou nem comentar essa matéria prefiro comentar quando a primeira dama e o secretário se manifestarem, não quero ser injusto com nenhuma das partes envolvidas mas se não se pronunciarem o mais rápido sobre isso tudo, aí sim podemos ver de quem é a culpado. 

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