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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


Sérgio Aguiar destaca impacto da economia mundial na América do Sul

O deputado Sérgio Aguiar (PSB) destacou nesta quinta-feira (23/02), no Plenário 13 de Maio, que nas últimas décadas a economia mundial vem passando por grandes transformações que trouxeram forte impacto na América Latina e abriram oportunidades para seu desenvolvimento e projeção no mundo contemporâneo, em especial no Brasil.

Ao lembrar a crise do real brasileiro e do peso argentino que desarticulou parcialmente os avanços de integração do Cone Sul, entre 1999 e 2003, o parlamentar disse que a emergência de um neonacionalismo integracionista e de forças de centro-esquerda modificaram esses processos de integração, proporcionando-lhes dimensões políticas que estes não possuíam.

Segundo ele, o surgimento da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), do Banco do Sul, da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e da provável incorporação da Venezuela ao Mercosul, além da fomação do Bric (Brasil-Rússia-Índia e China) e sua aproximação do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), com a possível inclusão da África do Sul, apontou para uma nova conjuntura: desenvolvimento, redução de assimetrias, combate à pobreza, comércio em moedas locais, alternativa monetária ao dólar, entre outros.

O socialista disse que a articulação comercial da China com a América Latina na primeira metade do século XXI reverteu a tradicional deterioração dos termos da troca, em favor dos produtos primários e de menor intensidade tecnológica, propiciando a formação de grandes saldos comerciais e, até mesmo, de expressivos superávitis na balança de transações correntes na América Latina.

Entre 2003 e 2009, o deputado informou que a América Latina obteve um saldo comercial de US$ 467 bilhões, o que lhe proporcionou um superávit na balança de transações correntes de US$ 215 bilhões. Esse superávit somado às entradas na conta financeira, permitiu a acumulação de reservas monetárias na ordem de US$ 510 bilhões, que se deslocam sobretudo para o Brasil.

De acordo com Sérgio Aguiar, o Brasil antecipou, em 2007, seu ciclo de entradas de capitais estrangeiros em relação aos demais países e recebeu, entre 2003 e 2009, US$ 210 bihões pela conta financeira, isto é, 75% do total dirigido à América Latina no período. Foi a partir daí, que o País passou a desempenhar um papel-chave na determinação de alcance desses processos, pois suas reservas monetárias saltaram de 22,9% para 42% das latino-americanas entre 2002 e 2009.

Entre 2004 e 2010 o Brasil alcançou um superávit comercial de US$ 75,5 bilhões com a Amérca do Sul. Duplicou os investimentos na região, aumentou a remessa de lucros e pagamentos de juros do balanço de pagamentos de US$ 3,3 bilhões para US$ 12, 5 bilhões em 2008, e US$ 7,4 bilhões em 2010. “Isso mostra o papel que o Brasil tem no contexto da America Latina”, comemorou.

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