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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Polícia Militar do Estado do Piauí faz contrato de serviço com uma empresa de senador do Ceará


"Até agora, não foi realizada nenhuma despesa e esse serviço tem a fiscalização da Controladoria Geral e do Tribunal de Contas", disse o comandante da PM Rubens da Silva.

senador Eunício Lopes de Oliveira
Funcionando há pouco mais de um ano, o sistema de segurança eletrônico da Polícia Militar do Piauí conta hoje com 30 câmeras em diversos locais, com alcance de 600 metros. Desde que foi implantado, alguns dos benefícios foram redução do tempo de atendimento e integração eletrônica com outros órgãos como o Samu, Corpo de Bombeiros e policiamento de trânsito.
Porém, o sistema de segurança terá um custo muito alto. De acordo com o extrato do contrato nº 60/2011, o valor é de R$ 2.287.332,00 para a prestação de serviços de vigilância eletrônica (videomonitoramento) para a PM/PI, feito com a empresa CORPVS Segurança Eletrônica LTDA, do Ceará.
A empresa pertence ao senador Eunício Lopes de Oliveira (PMDB), do Ceará, que tem participação de 40% das cotas de capital da firma, cujo valor em 2010 já era de R$ 300 mil. O mesmo bem, em 2006, era avaliado no valor de R$ 24.000,00 e o senador tinha igual taxa de participação.

Outro ladoSegundo o Comandante Geral da PM, Coronel Rubens da Silva, foi realizada apenas uma estimativa contratual com a empresa. “Nós já tínhamos que dar início ao sistema de segurança em janeiro e, por isso, aproveitamos o precedente da Secretaria de Educação que aderiu ao registro de preço”, explica o coronel.
O comandante informou que o sistema atual conta com recursos adquiridos pelo Estado através de operações de crédito com o BNDES e que a adesão aos serviços da empresa do Ceará foi feita utilizando o precedente da Secretaria de Educação. “Aderimos ao registro de preços de estados que oferecem serviços que não têm aqui, como é o caso do Espírito Santo, que fornece colete para a polícia, assim como acontece de outros estados também aderirem ao registro de preços do Piauí”, disse.
O coronel esclareceu ainda que não tinha conhecimento de que a empresa pertence ao Senador, mas que não foi nada dirigido nesse sentido. “Até agora, não foi realizada nenhuma despesa e esse serviço tem a fiscalização da Controladoria Geral e do Tribunal de Contas. Se houver alguma irregularidade, a Administração pode ser rever seus atos a qualquer tempo e cancelar o contrato”, disse o comandante.
A vigência do contrato será até o dia 31 de dezembro de 2012, sendo que a empresa fornece apenas os equipamentos e a manutenção. A fiscalização é feita pelos próprios policiais militares do Piauí, cada um monitorando dez câmeras.

ISABEL PIAUILINO, DO GP1

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